Neemias 2.17: “Então lhes disse: Bem vedes
vós a miséria em que estamos, que Jerusalém está assolada, e que as suas portas
têm sido queimadas a fogo; vinde, pois, e reedifiquemos o muro de Jerusalém, e
não sejamos mais um opróbrio.”
Em Jerusalém, todos estavam completamente desmotivados e
sem nenhuma perspectiva.
Quantas vezes, nós olhamos a situação geral, e o que os
nossos olhos contemplam é somente a impossibilidade de que dias melhores virão?
Por isso que, quando Jesus chora sobre a cidade de
Jerusalém (Lucas 19.41 a 44), Ele fala sobre a Jerusalém assolada, fala
sobre a Jerusalém que mata os seus profetas, que despreza a lei do Senhor e
fala sobre a Jerusalém contaminada pelo espírito de desânimo.
O desânimo – a disposição mental contrária à natureza que
Deus colocou no homem (Romanos 1) –
pode ser para o lado do pecado, da prostituição, ou pode ser para o lado da
entrega, quando decidimos entregar os pontos, quando não temos mais forças e
nada que nos impulsione.
Neemias encontra a situação de um povo completamente
assolado e, no seu espírito, ele tinha o envio, o envio para transformar aquele
estado de assolação em uma obra inexplicável aos olhos humanos, mas possível
para Deus. Ele, então, se propõe a fazer aquilo que talvez as pessoas jamais
poderiam pensar ou imaginar. Ele se propõe a reedificar os muros assolados de
Jerusalém. Ele, então, em 52 dias, faz esta obra gloriosa e maravilhosa.
O que eu tenho buscado de Deus, a cada dia, é exatamente
o entendimento espiritual daquilo que significava o antes daquele local. O
antes era uma cidade sem proteção.
O Senhor deu a Neemias um foco: “Coloque defesas, para
que a minha glória seja mostrada, para o retorno do shekinah.”. Nós precisamos
de defesas para que possamos manter o que Deus tem nos dado. É por esse motivo
que as gerações se perdem. É por esse motivo que nós vemos que não há uma
sucessão.
Nós temos que ter defesas que nos deem uma posição
privilegiada contra o inimigo e defesas que signifiquem uma proteção para tudo
aquilo que Deus nos entregou.
Neemias entende isso e, estrategicamente, reconstrói os
muros. Eu tenho certeza de que o trabalho de Cristo é o trabalho de Neemias: o
trabalho de reconstruir as nossas defesas, de nos colocar em uma posição de
autoridade, uma posição estratégica contra o inimigo, uma posição estratégica que
nos permite estar verdadeiramente constituídos em cima de fortaleza. Por isso
que nós estamos assentados com Cristo, acima de potestades, principados e
dominadores.
Por isso que Davi fala sobre a cidade murada, sobre a
proteção daquilo que são os nossos muros. Quando estamos dentro de uma cidade
murada, temos exatamente o diferencial que é esta posição estratégica de
autoridade. Que o Senhor possa te dar esta condição.
Eu poderia citar para vocês vários exemplos de muros, mas
vou destacar alguns:
Muros da vida
espiritual:
Quem não tem uma vida espiritual protegida, uma vida
espiritual edificada, é uma pessoa enfraquecida e, consequentemente, não
consegue chegar à plenitude de sua constituição.
Muros das relações
pessoais:
Quando eu sou uma pessoa desprotegida, as minhas relações
pessoais são problemáticas, são completamente desgovernadas, não têm uma
direção do Espírito Santo de Deus. Eu, então, não consigo manter esta liga
verdadeira, que é a liga da comunhão. Eu fico sem poder discernir, entender e,
consequentemente, faço voos cegos.
Muros para a
preservação do futuro:
Quando eu não tenho proteção para a minha caminhada, para
aquilo que é o meu futuro, o que acontece? Eu sou consumido no presente. O muro
significa: proteção para o futuro. O muro significa: eu ter realmente aquilo
que eu posso construir, edificar e deixar um legado.
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